Roberto Pires

Com a capacidade de criar artesanalmente os equipamentos que usaria em seus filmes, Roberto Pires fez o longa-metragem baiano Redenção. O sucesso desse filme impulsionou um período importante do cinema brasileiro, o Ciclo Baiano de Cinema (1959-1963). O Ciclo, através de diretores como Glauber Rocha, deu fermento ao movimento do Cinema Novo.

Pires começou a trabalhar com cinema com um grupo de jovens do qual faziam parte Glauber, Luís Paulino dos Santos, Geraldo Del Rey, Helena Ignez, Antônio Pitanga, Othon Bastos. Em 40 anos de carreira dirigiu oito filmes, dos quais sete longas-metragens. No início da década de 1960, Roberto Pires produziu Barravento, o primeiro longa-metragem dirigido por Glauber Rocha.

Dirigiu o filme Máscara da traição, um dos maiores êxitos de bilheteria de todos os tempos. Ficou famoso por retratar o acidente com a cápsula de césio 137, ocorrido em Goiânia, em 1987.

Fotografou e montou A idade da terra, de Glauber Rocha.

O cego que gritava luz, do diretor João Batista de Andrade, foi praticamente o último filme com o qual Roberto Pires teve envolvimento antes de falecer em 2001. Deixou inacabado o projeto de filme Nasce o Sol a dois de julho.

Roberto Pires faleceu em 2001.